Uma apologia

A forma com que garanto ao Amor

Truculência

Te espanta:

Temes por teu cônjuge e ti;

Temes pela verdade de Nietzsche;

Temes pelo fim do começo que tens

Temes pela frágil flor que cultivas.

Antes poderias ouvir

E concordar sem temor

(Não havia tido contato

Com o que chamam de Amor).

Agora já não queres dar atenção,

Teme pela verdade da palavra que digo

E queres distância do vocábulo amigo:

Tens o medo de acreditar,

Tens o medo de te desencantar.

Queres o Amor como idealizas

Não como é.

Mas venho por essa poesia

Fazer-te uma apologia:

Não temas o desencanto e a fragilidade

Teu relacionamento não é Amor

É pura Amizade.

Sentimento puro, sem asco

Não totalitário

Longe do fiasco.

O ideal querido e amado

E, como

Amor, por ti idealizado.

- Télos