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- àliteração.

- 17 de fev. de 2018
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Recentemente uma borboleta pousou no meu braço. Foi um momento tão único e especial que esqueci até de fotografar e postar em uma rede social. Ao contrário disso, eu quis compartilhar esse momento contando pra algumas pessoas, mas não consegui. Não achei palavras suficientes que descrevessem o que eu senti com aquele pequeno animalzinho parado em mim.
Outro dia também uma gota de água caiu na pontinha do meu nariz e me fez rir. Quis compartilhar aquela fração de segundos com alguém, um pequeno detalhe que fez meu dia melhor. Mas não disse a ninguém. Não teria graça pra quem quer que eu fosse contar.
Ontem, voltando pra casa, passei do lado de um pinheiro que, em um dos seus galhos, tinha um ninho de passarinhos cantarolando. Eles não paravam de assoviar e eu sorri. Eu sorri com o mais sincero sorriso que consegui naquele momento. Queria descrever esse som pra alguém mas, assim que pisei no meu quarto, eu percebi que não tinha ninguém pra contar.
Ninguém que fosse se interessar pelos pequenos detalhes do meu dia que o fizeram especial.
Foi então que eu entendi que tudo que eu amei, eu amei sozinha.
A borboleta, a gota d'agua no meu nariz, a música dos passarinhos e você. Eu te amei todo dia um pouquinho mais.
Queria gritar pra você e pro mundo como era te amar, como você deixava meus dias cada vez mais feliz com pequenas coisas.
Mas do jeito mais difícil eu aprendi que um coração não ama por dois.
E mais uma vez eu percebi que tudo que eu amei, eu amei sozinha.
- Jubarte




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