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- àliteração.

- 18 de fev. de 2018
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Acho que finalmente estou encontrando o que estava procurando em mim mesma. É essa nostalgia estranha com um pouco de melancolia, somando uma angústia que não dá pra descrever. Porém, não é ruim.
É como se finalmente percebesse que o tempo está passando e que os dias são a menos e a mais. E todo tempo perdido na verdade só foi conquistado, todavia não conquistamos mais tempo.
Não temos mais tempo. E ele continua passando e deixando você pra trás.
Mas não é que precisamos correr atrás do tempo. Na verdade, definitivamente não.
Me deparo agora num espécie de pausa. Os minutos não parecem passar e eu não me importo, não é tempo perdido se a brisa salgada ainda bate na minha cara e o som das ondas quebrando nas rochas ainda persiste.
Eu pausei o tempo porque parei de correr atrás do mesmo, eu pausei o tempo pra apreciar as pequenas coisas que acontecem em um segundo que fechamos os olhos. Eu parei o tempo pra entender o que é o tempo e o que é a vida.
A vida é um sopro, um fio. Vida, pelo dicionário, é um conceito com numerosas faces.
Faces. Somos seres humanos que possuem várias faces. Adquirimos com as pessoas, porque somos quem somos por causa dos outros. Adquirimos com os lugares, que renovam quem somos. Adquirimos com nós mesmos, pois só nós sabemos o que nós sabemos.
Essas faces são variadas, múltiplas e bipolares. Somos um conjunto de caos interno e externo e que, na verdade, essa loucura interna é a externa que absorvermos. É tanta coisa pra ver e sentir que optamos por fazer tudo ao mesmo tempo e confundimos o que é essencial e o que é secundário.
E nós poderíamos ter tudo. Fugíramos de toda essa loucura, seríamos náufragos do mundo por opção.
O tempo da vida ensina que era só eu me perder pra me encontrar.
Era só pausar o tempo pra ele fluir.
Era só naufragar pra começar a viver.
- Jubarte




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