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- àliteração.

- 18 de fev. de 2018
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Atualizado: 19 de fev. de 2018

Amigos de todos os momentos. Amigos de todas as horas. Amigos de crescimento. Momentos! Estávamos juntos nas novas experiências, estávamos juntos quando beijamos uma garota pela primeira vez. Simplesmente, estávamos juntos. Choramos, sorrimos, emocionamos-nos, apoiamos-nos, conhecíamos-nos. Mas então , a distância chegou. E o tempo levou. E a flor secou, profundamente secou. Culpados? Não culpemos uns aos outros, culpemos a distância. Culpemos o tempo. Eu choro, e como choro. Choro no silêncio do quarto cinza. Choro no silêncio da cama desarrumada. Choro na nova solidão da sexta-feira à noite. Choro no vazio das notificações do meu WhatsApp. Choro ao ver pela janela a rua vazia. Choro ao som de The Smiths. Choro baixinho. Choro na noite. Choro no escuro. Choro escondido. Choro a saudade que sinto. Saudade de companheiros com os quais floresci. Saudade de certas flores. Saudade de certos campos, agora secos, e infelizmente, lamentavelmente, inexplicavelmente, água nenhuma parece capaz de encharca-los novamente. Por que? Não sei. Mas não culpemos ninguém. Culpemos a distância. Culpemos o tempo. E então, floresci a mim mesmo, floresci outras flores, floresci outros campos, e quando vi, sorri. E tento, ainda tento reflorescer certas flores secas, do passado, e hei de conseguir, mas simultaneamente e constantemente, continuarei florescendo-me e florescendo novas flores, pois hei o que devo fazer. E descobri que também amo profundamente tais novas flores. Sorrio para todos, sorrio para o mundo, sorrio sincero, ainda no quarto cinza, na cama desarrumada, ao som de The Smiths, sorrio. Sorrio e sorrirei, não choro nem chorarei, chorei.




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