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- àliteração.

- 18 de fev. de 2018
- 1 min de leitura
Atualizado: 22 de fev. de 2018

Oi. Tudo que eu escrevo é sobre amor
feliz, esbelto.
então como é que eu vou te explicar que a dor chegou pra nos visitar?
Dentre todos os poemas, todas as tardes assistindo Netflix, toda a mesmice que nós amamos. Acabou. Fim.
Ponto. Adeus.
Então resolvi escrever, para ao menos transformar nossa história em um monumento.
Eu teria me apaixonado pela gente se fossemos um casal de um filme.
Mas Drummond já sabia que a dor chegaria, "amar e esquecer, amar e malamar, Amar, desamar, amar?"
Eu nunca lidei bem com despedidas.
Nem com mudanças.
Mudar significou escorrer e correr, e eu não pude te alcançar. Significou você estar em todo qualquer lugar, menos comigo. Significou você ir e não me dar um mapa.
Mas tá tudo bem. Juro que tá.
E quer saber mais? Danem-se as cartas de amor. As esperas no elevador e na portaria. Andar de mãos dadas na Avenida Paulista. Andares que não se andam mais
Desperdiçados pelo tempo de não tentar.
Danem-se as palavras de amor que eu te escrevi quando me esqueci de me conter.
Danem-se todas as histórias pela metade. Todas as lágrimas que não foram de felicidade. Toda dor que foi sentida e a que não foi também.
Danem-se os vestidos brancos. Por que não usar preto? Vermelho? Verde musgo?
Eu quero mais é que você se veja crescendo e entendendo que tudo que tem um fim, recomeça.
Eu quero te ver dançando no palco da vida, chamando a solidão pra dançar.
Sorrindo pra dor
De amar.
- Jubarte




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