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Eu amei-a? Não sei. Na verdade; sei. Amei-a? Amei-a. E como amei-a. Amei-a cada segundo. Amei-a cada minuto. Amei-a cada hora. Amei-a cada dia. Amei-a cada semana. Amei-a cada mês. Mas não amei-a cada ano. Era passageiro? Não sei, mas foi. E de fato foi. Por que foi? Não sei. E queria saber, como queria. Mas a dor de amá-la sem ela amar-me fez com que não amei-a cada ano. Fez com que fosse passageiro. E foi, e o tempo passou. Mas a memória não passou. Eu amei-a? Sim, amei-a. Amei-a enquanto pude. Amei-a enquanto amá-la não fosse sinônimo de não amar-me.

- Invisível