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- àliteração.

- 7 de jun. de 2018
- 1 min de leitura
Atualizado: 11 de ago. de 2018

Vivo no hospício das palavras.
Tento ser poeta, amador.
Brinco. De orelha em orelha,
sussuro as
sí
la
bas
pelo imaginar, se isso é certo falar.
Mas os versos confundem, perdem e tornam-se prosa, afinal, num digitar de dedos.
A força motriz causadora dessa história fora de contexto não sei em verdade. Entretanto, às vezes acho que finjo. Minto, para o próprio ser pensante, que sou. Paciente o suficiente pra esperar que meus aforismos soltos tornem a ela, à loucura. E isso me causa conforto, de certa forma, visto que por esta razão a culpa não pertence mais a mim, se o que sinto não é correspondido, ou até correspondido em excesso. Se tal evento ocorre, a dona disso tudo é ela que me faz ser assim, afogo-me na "loucura", acho.
Falo e desfalo umas coisas aleatórias, que na minha pequenina cabeça fazem sentido. As pessoas me olham estranho e riem pra disfarçar, rio junto pra acompanhar. Doidice a minha. Talvez, eu ainda não esteja completamente consumido pelo delírio, ou será que fui e nem percebi?
[...]
No fundo temos vontade de ser narrador onisciente, com certeza. Saber de tudo e todos, sempre.
Até onde sei, sempre fui narrador observa dor (talvez a minha própria dor), mas nunca personagem. Ou até já fui, mas não o lembro, deve ter sido raro. Ou fora com outro alguém, imaginei só.
(Geralmente essas coisas emocionantes não acontecem comigo)
Que sá, permaneço nessa condição de vigilante.
- [...]




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