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Sinto que eu deveria estar escrevendo sobre os mais diversos e importantes assuntos. Tanta coisa aconteceu, desde o ofício dos mestres sendo ameaçado, até ouro negro se recusando a jorrar, entre carros e paredões de caminhões.

Mas não consigo.

Não sinto aquela vontade avassaladora de escrever, de deixar sair o que se passa no lado de dentro, para o lado de fora. Não sinto mais aquela avalanche que se inicia na mente, passeando pelo corpo, pelos braços, pelas mãos e acaba no papel. Talvez porque eu não mais seja a tinta que goteja na folha em branco, tingindo-a de significados. Porque, dessa vez, talvez, eu seja a folha branca, à espera de tinta.

- M