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Eu nunca fui o maior adepto das teorias sobre destino, realmente não me parecia fazer sentido que as coisas estavam pré-definidas; eu prefiro crer na inconstância do universo em que vivemos, prefiro acreditar na instabilidade do universo que há dentro de cada um de nós. Sempre gostei de pensar que havia piche em minhas mãos, pés, corpo e mente e que eu poderia pintalgar todos meus caminhos como bem me convinha. Acreditar que eu sou mais um reles ser em meio à tantas galáxias, que forneceu sua existência como um prisioneiro de um caminho fortuito escolhido por uma força maior é trágico, me faz sentir a impotência à flor da pele. Quer dizer, se eu não tenho domínio nem do que acontece comigo, eu tenho poder sobre o que?

-J